domingo, 13 de março de 2011

Saga de uma tiete gourmet - Conhecendo Marisa Ono e o famoso Alho Negro



Tudo começou anos atrás quando conheci o Delícia, blog da Marisa Ono, através do Daniel Figueiredo, do Panela de Cobre. Antes mesmo que ela fosse reconhecida e renomada pela iguaria mais apreciada da atualidade pelos maiores chefs de todo Brasil, já acompanhava os posts com receitas caseiras, com pitadas de bom humor e simplicidade - que, curiosamente, é o que torna o blog bastante especial e com um magnífico toque de requinte.

Desde que li lá sobre o alho negro que tenho uma vontade imensa de experimentar. Depois que começaram então a pipocar matérias sobre o item, a inquietude tomou conta de mim. Ainda quando morava em BH, já havia cogitado encomendar via correios junto com a Gabi Mallaco, do Merengue, mas ficamos só na vontade. Sempre fui meio tiete da Marisa e lembro bem de quando ela começou a tuitar. Falei com ela algumas vezes sem nenhum reply e fiquei um pouco desapontada, confesso.

Um dia, porém, quando acabara de me mudar para São Paulo e finalmente fui conhecer a famosa Casa Santa Luzia, eis que me deparo com minha 'ídola'. Tive o ímpeto de perguntar-lhe imediatamente se era ela mesmo e se eu poderia conseguir com ela uma pequena porção do item mágico! Recolhi-me a minha insignificância - mais por medo de assustá-la com tietagem, já que em tempos de redes sociais, uma abordagem dessas nos faz sentir assustados, como se fôssemos uma espécie de pop star. Então, comentei na minha timeline que a vi e que fiquei com receio de me aproximar. Não é que então a Ono-San me convidou a encontrá-la um dia desses na Liberdade? Não me fiz de rogada e topei no ato! 

No fim de semana que antecedeu o carnaval, D. Marisa e sua famosíssima D. M (sua mãe) estavam lá fazendo compras e lá eu a acompanhá-las. Marisa é comunicativa e interessadíssima em tudo que se trata de comida. Falou-me do tempo que morou no Japão e de tantas outras coisas que eu não poderia reproduzir sem tornar o post enorme e talvez um pouco enfadonho. De brinde, acabei conhecendo duas amigas dela que também são ases na cozinha: a Bia Macineli (do Manjar Beatriz) - que acabou me apresentando o Sr. Adegão (Adega de Sakê - o lugar japa mais mafioso da Rua Galvão Bueno! huahuahua...) e os deliciosos combinados - memorável dia em que experimentei Unagi (enguia) e a Márcia - do Márcia Eventos. Por fim, a dona do Delícia trouxe-me um pacotinho com o famoso alho negro que eu ansiara por tanto tempo! Fiquei estudando durante dias e perdi horas pesquisando sobre o que fazer com os danadinhos tão incensados pela crítica gastronômica. "Algo simples para valorizá-lo", sugeriu-me a Bia... Então, por fim decidi fazer pela primeira vez na vida um guacamole com esse ingrediente especial. O resultado, no Minestrone de Couve.


P.S: fã que é fã tira foto com o ídolo... mas seria MUITA tietagem! então, não fiz foto com ela! hehehehe...

domingo, 6 de março de 2011

O meu mundo e o mundo dos outros


O mundo é um  lugar hostil. Em todos esses anos, desde que cheguei a ele, ainda não pude descobrir por que razão temos que viver nele. Diversos livros de um sem número de sábios tentam explicar tal mistério...

Mesmo cheio de delícias e momentos de indescritível alegria, ainda assim, a vida parece tão inútil quando nos sentimos sós, não é? Quando essa sensação nos invade, somos capazes de refletir sobre a solidão e a necessidade do outro para nos sentirmos (temporariamente) bem. Por que precisamos de carinho, proteção e do tal amor? Não sei... Será que um dia vou saber?

Ingenuamente, tenho acreditado que o mundo é o mesmo para todos - ricos e pobres, brancos e negros, doentes e sãos. Entretanto, nesse mesmo tempo, nesse mesmo espaço, as pessoas vivem num mundo particular cheio de regras que incluem e excluem. 

Meu mundo é vasto; contudo, pequeno. Embora eu esteja sempre convidando, poucos se atrevem a entrar e os poucos que entram conseguem ficar. Acho que aos poucos meu mundo vai se tornar um reino sem súditos. Porque hoje eu entendo melhor que há mundos que não se misturam.